Pero da Ponte

Pero da Ponte
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Escudeiro e segrel, provavelmente de origem galega, literariamente activo entre 1235 e 1260. Permaneceu durante largo tempo nas cortes castelhanas de Fernando, o Santo, e de Afonso X (rei de Leão e Castela), que fez dele objecto de escárnio, possivelmente por não ser compreendido o seu esforço de inovação, em relação aos modelos da literatura provençal da época. Pensa-se que tenha também estado na corte de Jaime I de Catalunha e Aragão, monarca que enalteceu pelo seu desempenho na conquista de Valência. A sua obra poética é composta por cinquenta e três composições: sete cantigas de amor, sete cantigas de amigo, duas das quais dialogadas, vinte e três de escárnio e maldizer, três sátiras literárias, um pranto burlesco, quatro serventeses morais, dois elogios, quatro prantos, uma tenção e um partimen. Poeta de grande talento, hábil e inovador, conhecedor da poesia provençal, deu nova vida às cantigas de amor e de amigo, mas foi também um crítico feroz dos poderosos do seu tempo, que não escaparam à sua sátira mordaz e violenta. Introduziu alguns motivos originais nos seus textos, nomeadamente quando, nos seus textos, afirmou que a amizade dos poderosos é inútil se não trouxer benefícios, ou quando autorizou a mulher maltratada pelo marido a vingar-se durante a noite