Gabriel Mariano

Gabriel Mariano
José Gabriel Lopes da Silva, conhecido como Gabriel Mariano, foi um juiz, poeta, contista e ensaista caboverdeano. Estudou na Faculdade de Direito de Lisboa e graduou-se em Direito e foi juiz em Lisboa.
Nasceu a 18 Maio 1928 (Ribeira Grande, Cabo Verde)
Morreu em 28 Fevereiro 2002 (Lisboa)
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Poeta, contista, ensaísta e crítico. Sobrinho de Baltazar Lopes e irmão de João Mariano, Gabriel Mariano iniciou os seus estudos em Santiago, tendo completado o liceu em São Vicente. Veio depois para Lisboa, em cuja Universidade se licenciou em Direito. Completado o curso, foi sucessivamente conservador dos Registos Civil e Predial em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde. Em 1965 foi compulsivamente transferido para a Ilha de Moçambique, de onde em 1971 passou a Angola, como juiz, primeiro em Silva Porto (hoje Bié) e depois em Benguela. Dali regressou a Portugal em 1976, tendo sido colocado na Comarca de Sintra. Quando frequentava o liceu, em São Vicente, teve papel importante nas manifestações culturais estudantis cabo-verdianas, tendo criado com Jorge Pedro Barbosa e outros seus condiscípulos o periódico literário mimeografado Restauração, de que só foram publicados dois números. Curiosamente, seria nos Açores, na revista A Ilha, de Ponta Delgada, que haveria de fazer em 1947 a sua estreia literária, com dois poemas, seguindo-se em 1948 o início da colaboração na Claridade. Em Lisboa, foi um dos fundadores do Suplemento Cultural, separata do Cabo Verde, da Praia, editada na capital portuguesa e que seria proibida pelas autoridades. Interessado pela cabo-verdianidade, seria também um estudioso da poesia crioula do seu Arquipélago. Participou dos Colóquios Cabo-Verdianos da Junta de Investigações do Ultramar (1959) com a comunicação Do funco ao sobrado – ou o «Mundo» que o mulato criou. Obteve o primeiro prémio do conto nos Jogos Florais da Universidade de Lisboa (1957) e da Universidade de Coimbra (1958). Além das já citadas A Ilha, de Ponta Delgada, Claridade, do Mindelo, e separata Suplemento Cultural, de Lisboa, colaborou em Cabo Verde, da Praia, suplemento «Artes e Letras» do Diário de Notícias e Mensagem da Casa dos Estudantes do Império, de Lisboa. Está representado em diversas antologias, nomeadamente: Antologia de Poesia Negra de Expressão Portuguesa, de Mário de Andrade (Paris, 1958; e nas suas versões francesa, Paris, 1969, e italiana, Bari, 1969), Modernos Poetas Cabo-Verdianos, de Jaime de Figueiredo (Praia, 1961), Mákua 2: Antologia Poética (Sá da Bandeira, 1963), Poetas e Contistas Africanos, de J. Alves das Neves (São Paulo, 1963), Nova Soma de Poesia do Mundo Novo (Présence Africaine, Paris, 1966), Literatura Africana de Expressão Portuguesa, vol. 1, Poesia, vol. 2, Prosa (Argel, 1967 e 1968), Contos Portugueses do Ultramar, de Amândio César (Porto, 1969), Afrikansk Lyrik, de Per Wastberg (Estocolmo, 1970), No Reino de Caliban, de Manuel Ferreira (vol. 1, Lisboa, 1975), 50 Poetas Africanos, Idem (Lisboa, 1989).